Além das portas da percepção da sua fraqueza, posta-se a sua força.

Além das portas da percepção da sua dor, posta-se o seu prazer e a sua alegria.

Além das portas da percepção do seu medo, posta-se a sua segurança e a sua proteção.

Além das portas da percepção da sua solidão, posta-se a sua capacidade de ter realização, amor e companhia.

Além das portas da percepção da sua desesperança, posta-se a verdadeira e justificada esperança.

Além das portas da aceitação das carências da sua infância, posta-se a sua realização agora.

O Guia – Pathwork

 

Independente dos nossos erros, acertos, cultura, religião, status, temos em nosso interior todas as respostas de que precisamos.  O princípio vital, a centelha divina nos habita.  Temos o dom de nos curar e de atingir a plenitude.  Com disciplina, determinação, vontade, podemos trilhar o caminho do autoconhecimento, da transformação, também conhecido como reforma íntima.  A busca interior requer coragem, nos leva às nossas trevas e nos torna maduros.

O médico psiquiatra austríaco Viktor Frankl, fundador da escola da logoterapia, que explora o sentido existencial do indivíduo e a dimensão espiritual da existência, desenvolveu sua teoria a partir da própria experiência no campo de concentração nazista.  Segundo ele, ainda que seja tirado tudo do homem – seus bens, sua família e amigos, seu status etc. -, nada poderá lhe tirar a liberdade de decidir o que ele quer se tornar como humano, porque todo homem tem o poder e a liberdade de se elevar acima de si mesmo e se tornar um ser humano melhor.

Quem conhece a sua ignorância revela a mais profunda sapiência.  Quem ignora a sua ignorância vive na mais profunda ilusão – Lao-Tsé.

 

Evoluindo nossas convicções

Todos queremos recuperar nossa identidade e expressar nossa essência.  Todos queremos mudanças, mas muitas vezes não sabemos por onde começar e exatamente o que mudar.  Nossa alma clama por algo maior, que nos preencha e nos proporcione plenitude.  Podemos vivenciar isso e não significa que os problemas não vão mais acontecer.  Nós vamos lidar com eles de forma diferente.  Se formos capazes de relacionar os episódios positivos e negativos da nossa vida com as forças interiores que os criaram, vamos ter uma grande experiência consciencial.

Segundo Marilyn Ferguson existem quatro formas básicas pelas quais modificamos nossas mentes quando obtemos informações novas e conflitantes:

  • Mudança por exclusão: mais fácil e limitada, deixa o nosso velho sistema de convicções intacto, mas admite que algumas coisas “estranhas” se agarrem às suas bordas.
  • Mudança quantitativa: é gradativa, podendo a pessoa nem perceber que mudou.
  • Mudança pendular: abandono de um sistema fechado e seguro por outro. Só muda o sistema, tendo as mesmas atitudes, porém com roupagem diferente.
  • Mudança de paradigma: é a nova perspectiva e percepção que abre espaço para as informações se unirem em uma nova forma ou estrutura. É a mudança que tenta eliminar a ilusão do “ou… ou”, do “isso ou aquilo”.   Essa é a mudança mais difícil, pois o indivíduo tem de abrir mão das certezas e considerar as diferentes interpretações sob diferentes perspectivas e ocasiões.

A mudança de paradigma, mais profunda, que nos faz sair da zona de conforto nos capacita a perceber que as opiniões anteriores eram apenas parte de um todo e o que sabemos hoje é apenas algo mais que faz parte do todo e que estamos tentando juntar para perceber o todo maior.  Assim sendo, qualquer mudança iminente não é mais ameaça, faz parte do processo de crescimento e amadurecimento.

A mudança muda, nossas células mudam, tudo evolui, e cada ocorrência altera a natureza do que se segue.  Se aceitamos o fluxo da mudança e percebemos a alteração de nossa percepção, estamos abertos à transformação.

 

O cérebro e a mente

Nosso cérebro tem possibilidades ilimitadas para mudanças.  O cérebro tem uma característica marcante, sua permanente plasticidade, que é a habilidade de se reestruturar em resposta a uma ampla variedade de eventos positivos e negativos.

O prêmio Nobel Eric Kandel, que provou que os neurônios nunca param de aprender, demonstrou uma importante dimensão da neuroplasticidade.  Se alterarmos o estímulo ambiental, a função interna das células nervosas irá mudar, gerando novas extensões chamadas axônios, que são capazes de enviar diferentes informações para outras áreas do cérebro.  De fato, qualquer mudança no ambiente – interno ou externo – irá causar um rearranjo no crescimento e nas atividades celulares.  E, o que é mais interessante, todo neurônio tem sua própria mente, por assim dizer, porque ele pode decidir se envia um sinal, e, se o fizer, o quão intenso será esse sinal.

Se somarmos todas as pesquisas em neuroplasticidade, concluiremos que os neurônios não possuem posições ou propriedades fixas.  Ao contrário, eles estão em constante modificação, que é ativada pela competição, pelas mudanças ambientais e pela educação.  O aprendizado ocorre continuamente, as lembranças são constantemente revisadas.  Surgem novas ideias que afloram rapidamente em forma de consciência e então logo se apagam para dar espaço ao próximo breve momento de consciência.

Em essência, quando pensamos nas grandes questões da vida – sejam elas religiosas, científicas ou psicológicas -, o cérebro começa a crescer –  Andrew Newberg.

 

Reeducando-Se

Todo o pensamento cria uma conexão neuronal.  De forma consciente ou inconsciente as redes neuronais vão se formando e ficarão ligadas a um determinado tipo de comportamento. Assim sendo, se quisermos e nos dedicar a isso, aprendendo novas formas de lidar conosco mesmo, com os outros e com o mundo, podemos mudar a nossa forma de pensar e agir.  Nos tornando autoconscientes, a clareza mental aumenta, passamos a dar atenção aos sinais que a vida nos envia e entramos em sintonia com uma energia sutil e curativa.

A partir do redimensionamento da educação de si mesmo, torna-se viável ao indivíduo o reencontro com sua essência – o caminho para a identidade, auxiliando-o na correção da desarmonia causadora dos problemas de saúde que assolam primeiramente o indivíduo, e este forma a sociedade que hoje se encontra em desequilíbrio.

 

Reflexão

Qual é a percepção que você tem da vida, da saúde, da doença?

Já parou para pensar quem você é em essência?

Você acha que é só um corpo físico vivendo a vida como ela tem que ser?

** Esse “tem que ser” é como você leva a sua vida, passando pelas mesmas situações, pensando os mesmos pensamentos!

 

 

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